segunda-feira, 9 de maio de 2016

The Oxford Pic-nic plus The First Day At Work

Compreendo que a multidão furiosa de leitores, que está a perder os episódios novos do Walking Dead e do Game of Thrones, esteja ansiosa por saber como foram estes últimos dois dias em brittania, mas vou ter de os fazer sofrer, tanto escrevendo muito e desnecessário texto, como colocando imagens perturbadoras que dificultem a chegada ao grand finale. Vou ainda colocar grandes descrições de objectos ou situações, meticulosamente desenhadas para causar a leitura numa diagonal quase vertical.

Isto, é claro, para o vosso prazer final. Para aumentar o sentido de suspense, e fazer o ritmo cardíaco aumentar subtil mas consistentemente, até ao suspiro final. Por isso preparem-se.

Ah, esperem, já comecei!

Oxford

Mapa Londres-Reading-OxfordPois o 5º dia, Domingo soalheiro, foi passado em Oxford, a 25 minutos de Reading de Comboio. Aqui ao lado está um mapa que também mostra Londres. De comboio demora mais ou menos metade do que de carro para fazer o percurso todo.

Ora e o que me esperava em Oxford? Ora, mais AMIZADE em formato Piquenique! A Catarina, uma moça amiga muito muito novinha que está por cá há uns 50 anos, e que fez o favor de ceder a relva de um jardim público, ao lado do qual estavam milhares de crianças silenciosamente ruidosas a aproveitar o sol numa piscina. Afinal, como quase todos fizeram questão de me alertar: “Aproveita estes dias, há alguma probabilidade de isto ser o Verão em Inglaterra.”. Juntamente com ela estava uma amiga francesa (ainda estão a contar as nacionalidades?) e juntou-se outra do Equador. Estava ainda connosco a Annie, a representante oficial da Sua Majestade - uma amiga que conheci no Mali em 2012, quando fui ao Festival au Desert em Timbuktu - e que apesar de viver aí pelo mundo, tenho tido a sorte de reencontrar várias vezes. Desta vez, calhou estar por cá esta semana a visitar a familía :-) .

Além disso (“pessoas” e “comida”), que tal Oxford? foi a minha 2ª visita, e devo avisar que não vi miudos de robe montados em vassouras com varinhas mágicas. O dia estava quente e soalheiro, e os edifícios das universidades sucediam-se uns atrás dos outros (só possíveis de visitar em tours) – e todos sabem que nestes dias não há dessas coisas sobrenaturais, suponho que por haver demasiada gente capaz de tirar fotos com telemóvel. Weird, huh?

Vou deixar aqui algumas fotos, que infelizmente não consigo legendar porque não anotei, mas provavelmente também se esqueceriam se entrasse em detalhes. A foto abaixo é das poucas que sei de que é: a cave da Blackwell, uma livraria muito conhecida em Oxford, daquelas onde apetece torrar dinheiro como se não houvesse reforma ou férias nas Maldivas:

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Estas agora ficaram giras mas não sei bem de que são, por isso ficam assim avulsas e se quiserem clicar elas expandem-se e ficam maiorzinhas.

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(gosto muito da 1ª e 3ª verticais, já agora)

Oxford é agradável e monumental, e vale bem a pena a (re)visita – mesmo apesar do mau humor da Catarina e de tanto Newton como Darwin terem estudado em Cambridge e não aqui (ouch, dizem os oxforditas na audiência). Tem um museu da história da ciência, e eventos a que certamente virei! E trago uma espingarda de pressão de ar, para o caso de me aparecer alguém armado em bruxo.

Deixo só mais uma foto, porque esta me diz mais :-) .

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Primeiro dia como blue badge

Na minha carreira profissional só tive dois empregos. O primeiro foi na Link, por 3-4 anos, o 2º foi na Create It, de que fui também sócio, por 14 anos. Do primeiro saí como Team Leader, do 2º como CTO. Na Microsoft começo como Cloud Solution Architect, numa equipa em que, com a mesma função que eu, são somos 3x o número de pessoas da Create, e vários milhares de empregados só em UK.

Microsoft UK Building 5

É estranho (deve ser sempre estranho) começar num novo emprego. Tive visita guiada ao edifício, aprovisionamento de equipamentos, acessos, recebi de rajada 5 meeting requests para reuniões - três já esta primeira semana, e já tenho uma viagem aos EUA programada para a próxima semana. Ainda não conheci os pares directos de equipa, apenas o Manager (que já conhecia de outras guerras, de quando era MVP) e alguns colegas mais conversadores, que amenizaram o desconhecimento e nos “adoptaram” para almoço e dar umas dicas. Digo “nos” porque para uma função parecida entrou um outro colega (Ali), e acabámos por fazer o setup das coisas juntos – o que ajudou, bem como alguns mails trocados com… colegas… de Portugal que me foram dando alguma ajuda.

Toda a gente me avisou que a empresa tem uma diversidade imensa de informação e recursos internos, e deu para comprovar isso logo no 1º dia. Entre links para os vários sistemas, subscrição de distribution lists, etc., deu para ocupar meia tarde. E amanhã vai ser outro tanto. Nem imagino o que vou ter na mailbox de manhã! :-)

Lá para meio da tarde já me sentia mais à vontade, já andava pelos corredores sem sentir que OH-MAS-PORQUE-ESTÃO-TODOS-A-OLHAR-PARA-MIM?. Disseram-me que havia como que três momentos, no processo de integração na empresa. Primeiro, a excitação, a pica, a energia e vontade. Segundo, perante a dimensão do que é preciso dominar e conhecer, e a percepção de que TODOS em nosso redor são inteligentes e têm a mesma paixão pela tecnologia, alguma dúvida/auto-questionar, sentir que não se consegue produzir nada. E finalmente, passadas algumas semanas, começa a superar-se este sentimento, a fazer parte da Equipa com desempenho crescente. Vou fazer por chegar a esta 3ª fase o mais rapidamente possível :-).

Venha amanhã, que hoje foi fixe!

PS: desculpem o relativo pouco detalhe sobre a empresa, mas NDAs e assim. :-)

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